O odor forte da hipocrisia
Penetra (fulminante)mente minhas narinas.
Seres robotizados sentam, levantam, sentam,
Cantam, repetem, calam, ouvem,
Prometem, não cumprem.
Alguns, pacientes, esperam
O término da celebração – o orador não cala.
Alguns, impacientes, esperam
Os petiscos, a cevada, o álcool – não vêm.
O cisco da bondade efêmera
Penetra, cortante, os meus olhos.
Seres robotizados perdoam e se emocionam,
Têm esperanças – quem sabe realizações?
Seres que rezam pela paz
E difamam o vizinho.
Seres que rezam pela paz
E ao mesmo tempo me observam.
O que veem? Não sei! Amém!
A paciência dos que esperavam foi a penitencia.
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