Intimamente chegará a madrugada, Atravessaram-se várias, - um ano e cinco meses. Não falas, imaginas, falas falo! Ênfase nos verbos ou no substantivo: falo.
Numa sociedade perturbada financeira e politicamente, com múltiplos costumes e comportamentos, surgem repentinamente problemas muito graves e de difícil controle. Esses problemas são o desrespeito familiar, o desrespeito social, a falta de ética e principalmente o abuso a crianças, adolescentes e jovens. Pais estuprando, prostituindo inocentes seres humanos que não pediram para surgir sob as tais mãos. Mãos que deveriam proteger, cometem danos irreparáveis. A base sustentável da nação é educação, informação e consequentemente dignidade vital. A ausência de pontos como esses citados pode levar o ser humano a praticar repudiantes atos. À busca do capital fácil, um indivíduo que se diz pai, por exemplo, pode alugar o corpo da sua cria. À procura de falso sossego, uma pessoa que se diz genitora pode conduzir seu ente à leviandade. Um necessário robustecimento do intelecto, quando se trata de ser benevolente, torna-se quase impossível. O homem atual é bastante frívolo, materialista e libidinoso. A palavra compassividade não faz parte do seu vocábulo. O amor ao próximo é inativo e ele torna-se de súbito agressivo, sendo capaz de abusar ou conduzir a isso, pessoas que encontram-se inermes, pessoas desprotegidas. Portanto, a nação mais do que nunca necessita de educação, respeitabilidade, atenção e moralidade. A família tem que se conscientizar da fragilidade possível do próximo e dos erros cometidos. A sexualidade, por exemplo, não está aí para ser rompida bruscamente, agredida e vendida como uma mercadoria. A consciência de cada um deve discernir o certo do errado, o bem do mal. A sociedade que encontra-se perdida no tempo, no espaço e no conceito deve tentar ser racional.
Mergulhar no seu pensamento... Uma tarefa muito trabalhosa, Limites inalcançáveis, sem objeção. Honra é poetizar o seu momento... Erros, acertos, porém, sempre maravilhosa, Rumores incertos, decisões sem hesitação.
Mergulhar no seu sentimento... Uma outra tarefa indecifrável, Loucos momentos, atropelos, enfim. Heterogênea, falar dela eu tento... E essa poesia é incompleta, inefável, Reluto, insisto, escritas sem fim.
Verbo transitivo direto: Esquecer. Mesmo que não lembre, Lembrar de esquecer! Deixar sair da memória!
Verbo transitivo direto: Deixar. Mesmo que não leve, Levar pra esquecer Que naquele momento errou.
Verbo transitivo direto: Errar. Mesmo que não acerte, Deixe que saia da memória.
Sair, sair, sair, sair... Verbo transitivo-circunstancial.
Partir, partir, partir, partir... Despreocupados com as circunstâncias Vão transitando por aí, Tentando apagar de súbito No trânsito da memória um nome.
Uma dor me invade! Quase que física Corta-me essa dor. Penetra minha mente, Dilacera meus sentimentos, Alastra-se pelos meus pensamentos Trazendo lágrimas mornas Às minhas pálpebras frias.
Uma dor me invade! Quase insuportável Devora-me essa dor, Devora-me lentamente! Quase que influente Aos meus súbitos atos. Invade-me uma dor cortante, Modificando os meus hábitos.
Uma dor me invade! Corta-me, devora-me; Quase que física, Quase insuportável; Invade-me essa dor! Dor cortante se alastra Pelos meus pensamentos E dilacera-os bem lentamente.
Conhecer é de certa forma reconstruir a realidade. Conhecer é apenas olhar, ver e observar? Focalizar certo gesto, uma ação, é admitir a probabilidade de conhecimento? A construção de fato é o conhecido, o óbvio? Não basta olhar, ver ou observar para afirmar ser dono do conhecimento. O ser humano depara-se constantemente com inúmeras verdades e nenhuma delas é absoluta. É preciso questionar, opinar, pesquisar, argumentar e, quem sabe, aproximar-se da “realidade”. Uma cena ao passar de frente dos seus olhos pode ter um significado totalmente antônimo aos olhos de outros. Diante dos seus olhos pode estar o provável conhecimento, mas também a maior incógnita. A construção pode ser ignorada quando até pareça ser íntima, pode ser obscura quando até pareça ser clara, transparente. De certa forma a reconstrução da realidade aproxima-se com mais ênfase de conhecimento. Essa reconstrução é o questionamento, é o retoque, é a observação na minunciosidade, é a pesquisa de fato. Para reconstruir é preciso conhecer.