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" Viva a Poesia! "

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

No seu aro


E a Besta chegou...
Vem com Ela a chibata,
a seta, o arpão, a lança...
Tu trazes o lombo,
o alvo, a presa – bem mansa.

E a Fera chegou...
Vem com Ela a arrogância,
a intolerância, a condenação...
Tu trazes a subserviência,
arrependimento tardio – em vão.

A Besta-fera chegou!
Trouxe o ferrão, a estaca,
suas garras, seu faro...
Tu já estás à espera,
despreparado, com teu aro.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

“Não temos muito o que conversar”




As esquinas não se fazem sós,
A Lua não brilha por si.
A brisa não refresca por nós,
A nota que desafina em Mi.

As curvas não se entortam alheias,
A ventania atordoa o pó.
Teus olhos não se retraem – anseias
A nota que desafina em Dó.

As vozes não se calam à toa,
A Poesia permanece de pé.
Teu sussurro deveras entoa
Uma nota que desafina em Ré.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Um nó

Um beijo na mão, e só...
Na mente, a Lua distante;
Em suas ações (loucas) um nó.

Um olhar repentino, e basta...
Na mente, um desejo de amante;
Em sua ânsia, a musa, casta.

Um sacudir de cabelos, e pronto...
Em frente, provocação, cativante;
Enfrente essa beleza – confronto.

Um prende e solta cabelos – disfarça...
Ele (pedra bruta), Ela (diamante);
A Lua permanece, o resto passa.

Um beijo na mão, e só...
Sem “oi”, sem “tchau”, tão distantes;
Em suas ações (infantis) um nó.