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" Viva a Poesia! "

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Inexpressivo



Louco vou rabiscando novas poesias...

Extravaso meu sentimento em tentativas

Bruscas, ineptas, platônicas – mau êxito.

Atraente e provocante permaneces a me olhar

Sem definição concreta do que se passa

Inefável e silenciosamente em tua mente.

 

Ininterrupta série de elogios à distância

Não me leva aos suaves afagos das tuas mãos,

E o espaço que nos separa: (minha timidez)

Faz com que minha loucura permaneça nítida.

Ágil, meu pensamento me concede uma nova poesia

Visando elogiar a tua beleza e simplicidade.

Eloquente o suficiente um dia eu serei.

Lúcido, o meu sentimento a ti elucidarei.

 
                                     

Cego negro insano




Sob essa imensidão azul

Perambula um preto maluco

Rodeado por um colorido mutável;

Seus olhos negros só veem o cinza.

 

Nada claro nessa doida confusão,

O obscuro dessa vida imprevisível

Confunde os fatos, as cores – ilusão;

Os olhos negros nada veem – só o cinza.

 

Mete-se no breu o louco preto indeciso,

Perde-se o azul do firmamento;

Os olhos negros nada veem – nem o cinza.

 

Agora sob a imensidão não mais azul,

Imóvel encontra-se aquele insano

Rodeado por germes a devorá-lo.

 
                  

Inebriante ironia



Sua tenacidade

em ironizar

tudo que aparenta

ser atordoado

retrata profundamente

sua preocupação

com a firmeza

ou a fraqueza

de sua sobriedade.

Mas, nem tudo

é retratável,

pra sua sorte,

nem mesmo esse

seu vergonhoso porre.