Majal-San (post.)

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" Viva a Poesia! "

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Compotas pra ti - tubos de ensaio pra mim

Com portas abertas o meu coração te aguarda.
Ele comporta teus atos e minha inércia,
tua ira e minha mansidão.
Então te comporta e vem!
Abrem-se todas as comportas
e insinuantes lágrimas inundam um ser.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

MEGERA

Estavas em meu pesadelo!
Esbravejando sórdida e rudemente,
Rugindo feito animal selvagem,
Leoa enlouquecida no cio,
Por que estavas em meu pesadelo?

Bruta serpente peçonhenta,
Carcará impiedoso e traiçoeiro,
Porco-espinho querendo me abraçar,
Convidando-me ao caldeirão escaldante
Eras a bruxa do meu pesadelo!

                            

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

"Funemando"

A professora diz:
“Rumance;
Puema;
Pueta;
Puesia.”

Qualquer dia desses, “forioso”,
“Mando ela” tomar no “có”!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

1ºATO

Lúcida, tu me guiaste à retidão.
Oferendas justas e retas adequaste,
Ungiste meus remissíveis pecados...
Reorganizando meus atos me aturaste.
Dividiste alegrias – seguimos fortes.
Evidenciaste felicidade – sigamos fortes!
Suporta esse “traste” e suas cenas sem cortes.

2ºATO

Levantei a cabeça e mergulhei profundo...
Os meus braços e atos guiados por ti,
Um tropeço aqui outro acolá – mundo imundo.
Revitaliza-me mostrando motivos para sorrir,
Dedica teu ombro dando-me o teu apoio leal,
E me conforto de imediato no teu seio
Sendo um figurante feliz nessa peça real.

         

3ºATO

Louco, o coadjuvante rasga o script,
O palco para os seus atos se torna pequeno,
Um beijo ardente, despedida – antídoto e veneno.
Rumo insano ao desconhecido roteiro...
Doidas frases saem em gritos da sua voz insana,
E agora sem sentidos o pequeno ator esbraveja,
Sem sentido essa louca cena o engana.
         

terça-feira, 18 de outubro de 2011

ACABAMENTO

Eu quero entrar – porta fecha
Queres sair – porta bate
Cara na tapa, metáfora na mente
Ação estancada, o arremate

Eu quero entrar – chave quebra
Queres sair – chave ausente
Beijo na face, verso quebrado
Despedida crua, poesia insistente

Queres entrar, não há porta
Quero sair, tu arrematas
Queres entrar – cadê a chave?
Quero sair – tu me atas

Cílios, pálpebras – olhos
Falanges, dedos – mãos
Braços, membros – corpo
Sentimento, atos – coração.

sábado, 8 de outubro de 2011

"Tout est bien qui finit bien"

Tente! Lute! Exija! Avante!
Reanima-te e vais à procura
Infinitamente dessa tal felicidade.
Não te curves, não desistas! Força!
Tenha em mente a possível ventura.
Ainda mereces um bom êxito.

Assim desejo que sejas sempre,
Na mente: a razão, a avaliação,
O resultado. O estigma será passado.
Sorria! “Tudo o que termina bem está bem”.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O Dia do Poeta


O dia é da poesia
A noite é minha
Minha mente tua.
Bebo a vida, o dia e a noite
O poeta bebe suas angústias
Seus anseios...
Embriaga-se em suas lembranças,
Cambaleia em seus atos infantis...
Mas, ergue-se com seus traços
E grita em silêncio o que o corrói.
A voz externa fala
O que a minha interna
Pensa!
Como eu queria...
Alguém que só me amasse
Quem sabe esse alguém não és tu?
Sendo ou não sendo
Tarde ou cedo tu cedes
O que cedo não é ser
Ou o ser já era e foi-se e se foi.
Agora és, eu sou o que sempre fiz e fui.
fui...
         fui...
Quando cheguei
Você fui!

                            (Majal-San & Neilson)
                            Teotônio Vilela – em alguma praça regados à cerveja.
                            04 de Outubro de 2011


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Lembranças e Imagens


Vêm lembranças ao meu fechar de olhos
Como flashes fotográficos sufocantes
Impressos beijos em minh‘alma ficaram
Nas individuais madrugadas vozes ressonantes

Vêm imagens ao meu fechar de olhos
Como lindas pinturas em tardes entediantes
Telas marcadas e aquarelas borradas ficaram
Nas individuais madrugadas interrupções marcantes

A realidade atual vem como chumbo ao peito
Ao fechar meus olhos brocas perfuram irritantes
Lembranças e imagens me deixam sem jeito

Essa tal realidade vem como flecha à meta
Ao abrir meus olhos setas perfuram incessantes
Lembranças e imagens invadem a poesia irrequieta.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

EX


Tu estavas aqui...
Eu vi! Tavas bem aqui.
Escorregaste bem de leve
E leve levaste o meu ser.

Eu estava aí...
Tu viste! Eu tava bem aí.
Escorreguei não de leve – caí.
Gritei: Não! Não leve. Venha ser!

Não vieste...
Partiste – não és. Foste.
A solidão me veste.
Sumiste – não foste. És...



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Lua Linda


Lua, essa Lua sente tua falta.
Imagino essa Lua conosco...
Na penumbra, na noite, na madrugada.
Dentro das nossas mentes
Ainda incomoda esse brilho alheio – eu sei!

Lua, essa Lua bandida e alcoviteira.
Invade minha mente, leva-e-traz de meus atos,
Nababesca à inspiração incômoda,
Derruba orgulho – devasta mágoas.
Ah, estou louco, estou novamente contemplando.

Lua
Inspiração
Noite
Dádiva
Ah, minha Lua ausente.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

CHOQUES, COR, ODOR - PELE



Existem linhas imaginárias


que me prendem a essa melanina,


que suplica a minha súplica


para implicar no passeio dos meus toques.





Há linhas inimagináveis


que me atam a essa menina,


que imploram à poesia rústica


para decifrar os sopapos cardíacos com nossos choques.





Choques que contorcem a alma – repousa. Acalma.


E mesmo assim ainda imagino


a melanina da menina que impregna minha pele – não expele.


Não extingue – não mata a fome da pele.





Choques que não queimam a pele.


A alma é que retorce – mesmo calma,


e sua cor não me sai da mente,


e da mente não me sai seu odor


que pra mim agora é dor – pele impregnada.





                           


                   


                   





terça-feira, 30 de agosto de 2011

G R A V E



À mente vêm palavras...

de furor, terror, amor...

e jogam-me às brasas

sem pudor, rancor, um horror.



À grade ela me joga...

eu abro e ela fecha...

sem respostas interroga

e roga, e prega, uma brecha.



Lacuna à gravidade – resumo.

reticências, indecência, sem essência,

À vida sem respostas eu sumo,

E à mente a terrível indulgência.



A culpa há? À culpa eu vou?

E abre ela a porta – à porta estou.

À grade agora sou indecência,

À grade ela é minha indigência.


                  

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A G U D O

Você não me entendeu,
você não me entende,
você não me entenderá...
eu não me entendo.

Nenhum palavrão
tem o tamanho suficiente
do qual eu preciso agora
para gritar ao mundo imundo.

Você não me atendeu,
você não me atende,
você não me atenderá...
eu não lhe chamo.

Nenhum grito
é estridente o suficiente
para demonstrar a dor
do desesperado poeta.

E a palavra surge...
E a palavra suja...
E a palavra suja mancha
a lembrança, o ato, a ânsia, o fato.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SEMIMORTO


Minhas horas estão contadas.
Assim que o sol nascer
Já se vai o homem.
Aí eles irão elogiá-lo,
Lamentarão sua morte.

Será ele o melhor amigo,
Apesar de quando vivo o antipático.
Nas suas memórias só “verdades”...

Mas, só porque ele partiu.
O louco terá alma de um gênio,
Rico de elogios queimará no inferno.
Rezar? Não será preciso!
Ele nem tinha religião!
Um punhado de areia nessa cara sem-vergonha!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

GOSTOSA


Gosto em Agosto...
com gosto,
desgosto,
mas, gosto
desse gosto
gostoso.
Ah! Eu Gosto!
Gostoso!
Agosto.

sábado, 13 de agosto de 2011

Hoje vai ter um "sonzinho" aqui em casa










Alô...

Janis Joplin, The Rolling Stones,

Pearl Jam, Peter Cetera, Pink Floyd,

Otto, Renato, Arnaldo Antunes...

já estão todos aqui, já chegaram,

e eu disse pra eles que tu tavas chegando.



Janis já está pra lá de Bagdá,

Richards e Jagger tão muito loucos,

Eddie Vedder e Otto caçam caranguejos,

Arnaldo tá furando o espelho

e todo Pink Floyd tentando

derrubar os tijolos do muro

lá no lado escuro da Lua...

"another brick in the wall"!



Venha logo!

Logo! Logo!

Tá chegando um cara

com um pandeiro na mão...

...ele tá querendo acabar com a festa.

Puft! Pah! Buum! Pronto!

 Pode vir!!!

Vou desligar...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Não Importa A Porta



A porta na qual bati permanece de pé,
intacta!
forte!
Pasmem!

A porta em que bati permanece áspera,
firme!
rígida!
Pasmem!

A porta que eu tentei permanece fechada,
a trava,
trancada,
à trava,
Pasmei!

A porta à qual bati permanece...
eu fraco,
franco,
eu lânguido,
fogem,
eu flácido,
forjam...
Pasmo!
















                            

terça-feira, 26 de julho de 2011

EXTERNO


Gostaria tanto de sentar-me
Nessa cadeira incompleta
E bruscamente sair-me
Pelos olhos repletos de dúvidas.
Lá de fora, de frente
Observar minhas mãos
Largando-se dos braços ao solo,
Meus pés saindo-se das pernas ao chão,
Meus membros desabando à terra imunda,
Minha cabeça rolando pelo asfalto úmido,
Meus pelos encontrando-se com os germes,
Meu corpo imóvel e incompleto.

Não estaria eu sentado
Nessa cadeira incompleta...
Sim, seriam os meus olhos sozinhos
Rolando pelo assento incompleto,
Ou flutuando no poluído ar,
Contudo, ainda cheios de dúvidas.
Seria o meu desejo louco
De súbito partir do meu físico
Ao meu invisível à procura de mim.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

SEXO DÉGRADÉ


Já andei muito! – curtos percursos.
Já provei muito! – longos dissabores.
Já galguei muito! – degradantes degraus.

Por diversas vezes confundi os sentidos,
e assim tudo ficou sem... mas, zen...
e eu dizia: vem!

E mais distantes aparentavam os desejos,
mais concisos os deslizes,
mais explícito o proibido...

Enrubesci tempestades às margens de minhas pálpebras,
Salivei diante da polpa fria, congelada – indiferente...
Mas, um uivo desvairado orvalhou no rosado da tua face...
E de súbito uma fome voraz da nossa sinestesia
devora o que poderia ser um belo sentimento.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

VERIFICAÇÃO

Tua voz de criança me chamando,
Tua voz me chamando de criança.

A carícias tu me deixas excitado;
Não mais acaricias, - tu me deixas.

És a “polícia” quando saio da linha;
Quando caio em deslizes me policias.

Os teus olhos no momento querem "ver-me",
Os meus serão destruidos pelo verme.

Mas antes que a morte se faça presente,
O teu presente será sempre o meu amor.





T R A N S F O R M A Ç Ã O

A voracidade
Dos meus instintos poéticos
Deixa-me “fraquinho”
Como uma criança inculta.
Mas, diante da minuciosidade
Dos teus olhos
Eu me transformo
No mais forte Titã.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

ALGUMAS PALAVRAS ENTRELACEI




As pedras!
Algumas chutei...
Com algumas me machuquei – machucam!

Escadas!
Degraus – alguns galguei...
Em alguns tropecei – dói!

Tapete!
Debaixo de alguns escondi...
Alguns a sujeira não conseguiram esconder
                                                 – eles voam!

Estrada!
Percorri algumas...
Tantas estreitas – elas espremem!

Leito!
Em alguns repousei...
De alguns eu cai – eles derrubam!

Casa!
Em algumas morei, vivi, casei...
De algumas escapei, fugi – elas permitem!

Companheiro!
Com alguns convivi, convivo, continuarei...
Com alguns estive, estou, estarei
       – eles me aguentam!

Poesia!
Aqui sempre estará...

APETITE


A madrugada me tranca.
A esferográfica me solta.
O meu sangue estanca
e nada te traz de volta.

Ah! Quem dera deslizar
na neve da tua pele...
Pendurar-me no negro
dos teus cabelos...
Aquecer-me no perfume
da tua temperatura...
 


domingo, 10 de julho de 2011

Vodka

A vodca invade meu resto de fígado,
E meu cérebro torna-se infantil.
E agindo feito sonho de criança
Cometo um erro totalmente imbecil.

Relembro casos impossíveis,
E desejo novamente explodir,
Explodir num expresso orgasmo,
E ser criticado sem poder reagir.

A vodca alivia o meu frio
Quando encontro com a solidão;
A vodca, o papel e eu somos um trio.

E esse trio traz o verão
Num triste e intenso inverno
Onde sempre a resposta é o não.

                   

sábado, 2 de julho de 2011

FATOS INESQUECÍVEIS

Eu estava pronto para esquecer...
O conflito no Golfo,
Os marginais fardados,
Os jovens viciados,
A burguesia e o mendigo,
A pouca vergonha política,
O menor faminto,
A hiper inflação,
O pavor na cidade,
A violência à mulher,
A ação de um eleito corrupto,
A destruição da natureza,
A promessa de melhora,
A velocidade e os desastres,
A dose de um bêbado revoltado,
O descontrole de um poeta,
A lágrima de um apaixonado,
A nota do teu violão desafinado,
A letra da minha poesia irritante,
Etc.
Mas lembrei onde vivo,
Em que país...
Em que continente...
Lembrei que vivo num planeta chamado TERRA,
Lembrei que sou humano,
Lembrei que sou um mísero humano.

                            

quinta-feira, 23 de junho de 2011

ÍMPETOS


Rendido aos teus atos eu rabisquei
Gritos e ímpetos no papel eu joguei
Vulnerabilizei o titã que vive em mim
Ignorei consequências drásticas e vim
Aqui estou aos teus pés “azuadoo”.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

INERTE



Procuro o solo para pisar...
Tento sobreviver!
Tento respirar.
Oxigênio não há!
Quero ver a linda paisagem.
Meus olhos se fecharam!
Desejo te beijar.
Meus lábios colaram!
Sinto vontade de te abraçar.
Meus braços paralisaram!
Preciso sentar...
Tento ficar de pé.
Continuo deitado!
Quero te ouvir.
Meus tímpanos explodiram!
Quero chorar...
Onde estão as lágrimas?
Quero escrever...
Não consigo pensar!
Quero te aquecer...
Estou totalmente frio!
Sei que pedes a minha voz,
Não consegues ouvir!
Não posso falar!
Pois, já parti.
Estou morto!