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" Viva a Poesia! "

quarta-feira, 30 de março de 2011

A VIÚVA DO REI

Vieste como libélula para cópula
Invadiste como abelha-mestra o espaço
Repousaste em minha mente feito nódoa
Gargalhaste da minha herança – ouriço e abraço
Ímpeto em tuas investidas provocantes
Nefasta com tuas despedidas repentinas
Incríveis nossos aborrecimentos “irritantes”
Agora que somos argueiros em nossas retinas.

terça-feira, 22 de março de 2011

LÁGRIMAS RIDÍCULAS

Pra que essas lágrimas agora?
Depois da ação ou reação ridícula
O arrependimento ridículo.

Pra que essas lágrimas agora?
Sozinho com o travesseiro,
Outrora ela sequer percebeu.

Essas lágrimas ridículas...
Derramadas no seu ombro,
Pra que essas lágrimas agora?

Tão solicitada era a tua ida,
Um beijo na despedida – dificuldade.
Pra que essas lágrimas agora?

Dificuldade para um adeus,
Ela sabe que a amas.
De repente o ridículo é comum.

                        

QUERO FICAR CONTIGO

Meu coração é cercado por teus atos,
Meu cérebro cerca tua imagem,
Meus olhos se afogam com tua ausência,
Minhas mãos desejam tua volta,
Minha boca implora tua boca.

A saudade machuca meu coração,
Tua ausência parece derreter meu cérebro,
E a ânsia de te ver deixa meus olhos inquietos;
Com uma das mãos fecho minha boca...
Então me dar vontade de gritar.

Mas não adianta gritar teu nome,
Os quilômetros que nos separam
Eliminam a capacidade de audição...
Então um murmúrio é o suficiente
Para que percebas que sinto tua falta.

Assim no teu feliz e breve retorno
Esse murmúrio penetrará teus tímpanos.
Murmurando teu nome e uma frase,
E percebendo que senti tua falta,
Espero que nunca mais me deixes sozinho.

            

INSPIRAÇÃO

Vento forte ao norte.
Céu nublado – chuva por vir,
Fim de tarde, fim de semana,
Corro à praia, quero inspiração;
Vento constante traz teu semblante;
Nuvens cinzentas, a chuva não caiu.
Sexta-feira, estou inspirado.
E que poeta seria eu
Se não houvesse inspiração
Vinda dos teus olhos,
Da tua ébria alegria de criança,
Da tua sobriedade de senhora?
O vento já não é tão forte,
O céu não está azulado,
Início de noite, fim da dívida,
– Eis a tua poesia.

                   

STOP AND SEE

Se as poesias já se tornaram supérfluas,
Tente me observar calado, parado...
Os meus olhos têm muito o que dizer;
Pare e veja que por ti estou apaixonado.

Se as poesias já não causam nenhum efeito,
Tentarei te observar calada, linda...
Os meus olhos não irão cansar de te ver;
Paro e vejo que minha inspiração não finda.

Sabes que sempre serei o teu poeta,
Enigmático, atrevido, metafórico, indeciso;
E por raras vezes totalmente conciso.

Sei que serás sempre a minha musa,
Enlouquecedora, atraente, mística, alerta;
E muitas vezes deixas minha cabeça confusa.