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" Viva a Poesia! "

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

ELA






 
         Escrever para Ela, sobre Ela (a Poesia) é um prazer inenarrável. Escrever, para ele, hoje é ofício prazeroso. Ela sempre se esconde lá no cantinho, mas não consegue impedir a visão dele. Ela sempre se afasta, senta-se distante dos olhos do poeta, mas não consegue impedir o olhar dele, que sempre a procura, sempre a busca, à busca sempre. Escrever sobre Ela e para Ela é uma incumbência satisfatória. Escrever sobre Ela, para ela, não parece mais excitante, parece supérfluo. É como se para ela, escrever, para ele fosse uma obrigação. Para ele, ela se encontra num desencontro. Ela vive num ser bruto. Ela renasce no inesperado (mas ele espera).
         A Poesia cutuca sua imaginação, ele viaja. “Não catuque a ferida!” Não insista. Ela pensa, não viaja. A imaginação é a ferida, ele não quer que sare. Não quer a cura. Ela já o penetrou, alastrou, infestou seu velho peito. Ela é a viagem. Quando no sonho perambula em sua mente, sua visão, Ela, só Ela decide o início e o fim. O fim que geralmente vem de súbito, duro, amargo – indesejável.
         Escrever, para ele, é o antídoto e o ópio. Para ela, o veneno.

domingo, 26 de agosto de 2018

Tudo e nada




Tudo está aí para ser mudado
Transformado
Transgredido
Transbordado
Transportado
Moldado...
Mas a alma não é aba
Não é ata
Não é ala
Não é ama
Não é mala
Não é lama...

Nada esta aí com forma fixa
Pois a matéria
É bactéria,
É artéria,
É cratera...
Surge e se altera.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Minha mente


Minha mente




O que há lá fora?
O que ouvem?
O que falam?
O que veem?

O que há aqui dentro?
O que sinto?
O que há?
Eu vou partir!
Eu vou voltar!
Partirei! Voltarei!

O que há lá fora?
Será que me esperam?
Será que me ouvem?
Será que me veem?

O que há aqui dentro?
O que espero?
O que há?
Eu vou voltar!
Eu vou chegar!
Voltarei! Chegarei!
Aguardem-me.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Pelo meu não tão adocicado


Pelo meu não tão adocicado




Sorriso tímido, hoje não aguado, inesperado ato aguardado

                            “pelo meu não tão adocicado”

                                                      

domingo, 19 de agosto de 2018

Ineficácia



Há em minhas palavras ineficientes
A insistência incômoda que irrita.
Ímpeto paradoxal em ações pendentes
Transformando de súbito minha escrita...
Supérfluas assim essas rimas carentes.




sábado, 18 de agosto de 2018

Confuso II




Atordoado
Vozes, ruídos, gritos
Gargalhadas tristes
Sussurros estridentes

Atordoado
Olhares, desvios, breu
Visões turvas
Miragem concreta

É a tua voz – todas as vozes
É a minha audição – perdição
É o teu sorriso – todo sorriso
É a minha visão – tentação

Atordoado
Perfume, desejo, olfato
Inodoro aroma
Adoro o inodoro

Atordoado
Toque, beijo, adeus
Imperceptível toque
Desejo o beijo – desejo

É a tua voz – sempre e sempre
É a minha audição – adição à ação
É o teu sorriso – o meu disfarçado
É a minha visão – a tentação.


A Valsa do Otário


quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Do meu coração




Tu não abateste ainda a íntima sofreguidão habitante
                          “do meu coração”.


Com a solidão




Sem teu abraço, hoje ilhado, na agonia adormeci
                          “com a solidão”.

Invasora





Tão recentemente minha mente a Poesia invadiu,
Ínfima Poesia, vadia inquilina – entorpecente.
Afável, Ela deita comigo, e assim me extasia,
Súbita, repentina, Ela permanece quente...
Haverá sempre um leito em meu peito – sua estadia.      

Presunção





Há retórica em minhas perguntas?
Sem respostas sempre, às vezes adormeço.
Tens sentido o que de fato tanto assuntas?
A verdade é que o teu nome nunca esqueço...
Inutilmente o Poeta insiste nesse adereço.


Impetuoso





Tua boca me olha distante,
Sedentos olhos te mordem de cá.
Hábil mão me saboreia ausente,
Inócua língua quer te encontrar...
Atinge o Poeta um golpe veemente.


Exatidão



Sincrônicos pensamentos em nossas mentes,
Talvez supersônicos os nossos atos.
Antagônicos argumentos dos indecentes,
Hostis, irônicos – alheios aos fatos...
Icônicos versos revelam a Poesia envolvente.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

I won’t translate




All my feelings are no sense
Hell is when you don’t appear in my dreams
The colors of your eyes are on my mind
So I am here ever and ever
In my poetry you’ll always be.