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" Viva a Poesia! "

terça-feira, 23 de novembro de 2010

C O N T I G O

Esqueci das tristezas,
Dos conflitos,
Da injustiça social,
Do preconceito em geral,
Da crise nacional,
Da nostalgia de alguns,
Dos contratempos,
De banais sentimentos...
Esqueci de tudo que é triste.
Esqueci do lamentável,
Pois eu estava contigo.

E mais, e mais...


Tudo caiu!
O muro
A dama
A bolsa
A temperatura
A casa
Os seios
A máscara
As folhas
A lágrima
A chuva
O avião
A luva
O fraco
O ditador
A toalha
A noite
O pudor
O dente
O falo
O teto
O véu
O meteorito
Os cabelos
A ponte
A bunda
O equilibrista
Os malabares
Os pelos
O bêbado
As torres
O raio
Tudo...
Tudo caiu...
Derrubaram tudo.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

É TEMPO

Quando chega à mente,
Uma lembrança irônica
Introduzida pelos risos súbitos
Provocados por piadas arcaicas,

Tudo se torna indecente,
Qual a ira supersônica
Da realeza aos súditos
Por suas ordens sádicas.

Quando chega à mente,
Uma conclusão precipitada,
Consequência de remotas cobranças
Feitas por pessoas antiquadas,

Tudo se transforma lentamente
Em arrependimentos, cilada...
Não sabes se estacionas ou avanças,
Contrariando essas pessoas quadradas.

De repente não és súdito, tens liberdade.
Agora és poderoso, és majestade.
Ignoraste as cobranças com habilidade;
Então percebamos que nunca é tarde.

QUERO FICAR CONTIGO

Meu coração é cercado por teus atos,
Meu cérebro cerca tua imagem,
Meus olhos se afogam com tua ausência,
Minhas mãos desejam tua volta,
Minha boca implora tua boca.

A saudade machuca meu coração,
Tua ausência parece derreter meu cérebro,
E a ânsia de te ver deixa meus olhos inquietos;
Com uma das mãos fecho minha boca...
Então me dar vontade de gritar.

Mas não adianta gritar teu nome,
Os quilômetros que nos separam
Eliminam a capacidade de audição...
Então um murmúrio é o suficiente
Para que percebas que sinto tua falta.

Assim no teu feliz e breve retorno
Esse murmúrio penetrará teus tímpanos.
Murmurando teu nome e uma frase,
E percebendo que senti tua falta,
Espero que nunca mais me deixes sozinho.

sábado, 13 de novembro de 2010

REGRESSO


Hoje eu parti sem dizer adeus.
A Deus eu não digo nada!
Pois eu parti.
Alô ou olá ao pó.

VANGLÓRIA


Eu me tornei um observador vaidoso,

Ufano, assim eu sou por poder te observar.


Tendo o privilégio de poder enxergar,

Eu devo dar Graças a Deus. Eu te vejo!


Assim me orgulho de ter os teus braços

Macios, suaves, quentes, para me abraçar;

Otimista então, eu digo que te amo.

COMPETÊNCIA


Livre até certo ponto

O poeta pára, pensa e escreve

Livremente como disse Lennon:

You were trying to hide...


Mas, de que tentavas te esconder?

O enigma pode transparecer.

Uma liberdade repentina cresce,

Ronda tua mente, podes ver.

Agora a tua clareza transparece.


Livres pensamentos e atos

Enriquece tua personalidade,

Sem comparação à vil humanidade.

Sem preocupação com a frase de Lennon,

A importância é a tua idoneidade.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

NEGRAS MARCAS NA LOUCA SANIDADE

Hoje, sóbrio, eu te sinto pungente o meu âmago penetrar.

Ébrio, outrora, eram despercebidos teus passos lentos,

Lentos, mas, perfurantes, e tuas marcas vinhas deixar.

Inibidos, os meus passos circulavam o rastro teu;

Sem pistas, sem vestígios – um poeta em desalento,

Sem indício, sem sinal – perdido em verso breu...

Agora o alvo não é branco nesse claro esquecimento.