Majal-San (post.)

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" Viva a Poesia! "

quarta-feira, 22 de março de 2023

Desconforme

 

É barato o teu regresso,

Porém, uns dizem que foi caro,

Nesse instante que é bem claro,

Voltas ao pó – ao inverso.

 

No teu retorno controverso,

Entre erros sem reparo,

Nesse momento tão raro,

Dúvidas do natural do universo.

 

Com o teu “barato” disperso,

Debandado cão sem faro,

Nesse mundo o desamparo

É que te joga ao adverso.

 

                    (Majal-San)

                    


domingo, 15 de agosto de 2021

Sonho ou pesadelo de Agosto


 



A luz da Lua de Agosto

Observa minha noite fria

E umedecida por lágrimas.

A relva guarda meus pés

Frios, inquietos, sujos,

Cansados de te procurar.

A forte chuva inesperada

Impiedosa me deixa encharcado,

Mas, não desisto!

Eu te quero!

Pois sabes consertar sem magoar,

Sabes criticar sem ofender.

A Lua de Agosto já não tem luz...

...nunca teve.

O céu já está escuro,

A relva agora é seca;

De repente acordo...

Hoje irei te encontrar!


            (Majal-San)

sábado, 8 de maio de 2021

Um nó


 


Um beijo na mão, e só...

Na mente, a Lua distante;

Em suas ações (loucas) um nó.


Um olhar repentino, e basta...

Na mente, um desejo de amante;

Em sua ânsia, a musa, casta.


Um sacudir de cabelos, e pronto...

Em frente, provocação, cativante;

Enfrente essa beleza – confronto.


Um prende e solta cabelos – disfarça...

Ele (pedra bruta), Ela (diamante);

A Lua permanece, o resto passa.


Um beijo na mão, e só...

Sem “oi”, sem “tchau”, tão distantes;

Em suas ações (infantis) um nó.


            (Majal-San)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Volto já

    



Mais uma vez viajo nos teus olhos...

Eu disse isso há uma semana.


Outra vez estaciono meu olhar nos teus lábios...

Eu pensei nisso há um mês.


Novamente flutuo em minha imaginação...

Tentei evitar isso ontem.


Mais uma vez aprecio o teu sorriso...

Tento evitar isso agora.


Outra vez me certifico da necessidade da tua presença...

Tento evitar isso agora!


- Sairei de mansinho.



                   


quarta-feira, 29 de julho de 2020

Farpa

         

Um arpão, encarnado em brasa,
penetra esse peito encardido.
Interminável perfuração abrasa;
sai e entra, sai e entra – decidido.

Esse arpão retorce meu interior,
retorce insistente nessa manhã;
gélida manhã intensifica a dor,
chega e vai, chega e vai – triste divã.

                    
                     









domingo, 31 de maio de 2020

Desgoverno

Colocaram um louco na direção,
O hospício está mais insano.
Puseram um maluco no volante,
Provocou grave acidente o tirano.

Deram a um delinquente a batuta,
A orquestra está totalmente perdida.
Encaixaram um pústula na pústula,
O germe se alastrou pela ferida.

Um louco sem direção.
Um maluco desgovernado.
Um delinquente sem reação.
O ódio já alastrado.

                   
                   


quinta-feira, 30 de abril de 2020

Lástima


Como adiantasse alguma coisa
– a lágrima
Como se fosse o alívio 
– o pranto
Como redimisse o erro
– o choro
Como retratasse o engano
– a queixa 
Como revogasse o equívoco 
– o lamento. 

                    
                    

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Acalma



Por que insiste tanto em me penetrar
     a mente,
     o peito,
     a alma?
Por que insiste tanto em me furtar
     o consciente,
     o preceito,
     a calma?

                    

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Fora da metáfora


Pra que uma face “tão maquiada"
se o interior tão cinza?
Pra que uma fachada “tão bela"
se o interior em ruínas?
Pra que uma fronte “tão amável"
se o interior tão ranzinza?
Pra que a reação “sossegada"
se o interior tão traquina?