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" Viva a Poesia! "

domingo, 27 de abril de 2014

Erva daninha






Caju, cajueiro – um pouco distante.
Manga, mangueira – água na cara e na cabeça.
Coco, coqueiro – coqueiro seco, também distante.
Jaca, jaqueira – é bem ali.
Banana, bananeira – bananal, um pouco ausente.
Limão, limoeiro – nem Ana nem dia.
Abóbora, aboboreira, abobreira, abrobeira – sei lá qual beira...
Pimenta, um pé, tenho dois pés, pimenteira.
Pitomba, pitombeira – píton na beira.
Mamão, mamoeiro, abacate, abacateiro – ao abate...
não há mais abacate...
Seriguela, acerola, batata, graviola;
O maracujá insiste... a fruta-pão, a fruta, o pão.
Sem eira, e a beira?
Goiaba, goiabeira – óia a beira!
Cana, canavial, cana caiana, cana – parei.
Macaxeira, macaxeira, cheira a brisa;
A brisa cheira? Estou na maca.
Sem eira nem beira – à tua mercê.



                                      

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Interrogação


Por que chamas o poeta de mentiroso?
Por que chamas o poeta de fingido?
Por que não acreditas no poeta?
Por acaso mentiu quando disse que te ama?
Será que fingiu quando chorou no teu ombro?
Serão mentiras suas escritas?
A lua da qual ele fala será que não existe?
Aquela cachoeira de águas límpidas é imaginária?
As longas caminhadas,
As noites sem dormir,
As cenas patéticas,
Achas que foi apenas exibicionismo?

O poeta mentirá quando disser que te esquecerá?
O poeta fingirá quando sorrir não tua despedida?

Por que não acreditas no poeta?