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" Viva a Poesia! "

sábado, 2 de maio de 2015

ARMADILHA


Rio do meu retorno...
Nas águas do temporal eu rio.
Esperou por ti o tempo
Em tempestades no covil.

Serpentes fizeram o adorno,
Nos meus carnavais a serpentina,
Confetes, veneno, antídoto, alento...
Rio do meu retorno – tempestade menina.


Nada muda quando tudo parece mutável



De repente a peste
Bem devagar
O olhar no teste
Bem, vem, mau, mal-estar.

   Lento em vão o esquivar
   Disfarçado num sujo espelho,
   Imagem retorcida com cara
   Camuflada parecida joelho.

      Recém não é, sempre antiga,
      Nunca, vem, foi, não está
      A cisma, o prisma, a cara,
      As palavras voam – o seu rimar.

         O mar – com erre, sem – é má,
         E a peste está a divagar,
         Devagar vem o mestre

         Pra dizer que tudo deve mudar.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Penumbra



Tua imagem surgirá
Ao fechar dos meus olhos
Tua imagem perambulará
Ao lado dos meus passos

Teu vulto aparecerá
No início do meu sonho
Teu vulto passeará
Diante desse espelho

Imagem turva e constante
Olhos cegos impertinentes
Imagem turva do instante
Olhos cegos persistentes

Imagem súbita e cortante
Passos lentos insistentes
Imagem súbita de amante
Passos lentos penitentes

Vulto que desaparecerá
Ao abrir dos meus olhos
Vulto que não mais surgirá
Ao lado dos meus passos.



Viva a Poesia!