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" Viva a Poesia! "

domingo, 24 de novembro de 2013

Sem palavras


Eles olham minhas olheiras
Observam o vermelho dos meus olhos
Imaginam o meu passado
Condenam o meu instante
Sentenciam o meu futuro

Eles olham meus passos
Observam o equilíbrio dos meus pés
Imaginam o meu desvio
Condenam o meu tombo
Sentenciam-me ao buraco

Eles olham lá de cima
Observam o meu desprezo
Imaginam o meu sentimento
Condenam o meu conceito
Sentenciam o meu silêncio

Jogam-me à terra
Jogam-me a terra
Jogam e aterram.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Ignição



Rodas e rodas rodam
E a forma da escatologia
do velho acaso domina

Mentes e mentes mentem
E o sentimento ridículo
do velho poeta implora

As chaves trancam as portas
fecham as mentes
trancam o espelho na visão
Abrem as pernas
da "donzela sonsa" - virginal

Rodas e rodas rodam
Mentes e mentes mentem
O acaso domina
A poesia devora.
 





Nebulosidade



Por quantas vezes saí por essas avenidas
chutando latas, puto da vida?
Vento na cara, poeira aos olhos,
No peito um tormento,
A dúvida, onde estás neste momento?

Sem respostas, na caminhada,
Seguindo tonto, sob críticas,
E nenhum argumento.

A chuva no meu blazer esfarrapado,
Em minha lembrança o teu véu molhado,
E minhas lágrimas misturadas ao orvalho.




domingo, 17 de novembro de 2013

Aspiração



Voltas com toda carícia,
Tentando reanimar meus pensamentos.
Beijos que podem ser até astuciosos,
Mas que me fazem feliz,
Vigorando meus desejos.
Percebo a lucidez dos teus toques
Tateando levemente meu rosto.
Sei que lembras o orgasmo que tivemos
E que queres novamente me dar esse prazer.
Um calafrio invade meu corpo.
Quando tento te abraçar,
Impetuosamente o sonho acaba
E chuto o travesseiro.