Majal-San (post.)

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" Viva a Poesia! "

terça-feira, 25 de outubro de 2011

1ºATO

Lúcida, tu me guiaste à retidão.
Oferendas justas e retas adequaste,
Ungiste meus remissíveis pecados...
Reorganizando meus atos me aturaste.
Dividiste alegrias – seguimos fortes.
Evidenciaste felicidade – sigamos fortes!
Suporta esse “traste” e suas cenas sem cortes.

2ºATO

Levantei a cabeça e mergulhei profundo...
Os meus braços e atos guiados por ti,
Um tropeço aqui outro acolá – mundo imundo.
Revitaliza-me mostrando motivos para sorrir,
Dedica teu ombro dando-me o teu apoio leal,
E me conforto de imediato no teu seio
Sendo um figurante feliz nessa peça real.

         

3ºATO

Louco, o coadjuvante rasga o script,
O palco para os seus atos se torna pequeno,
Um beijo ardente, despedida – antídoto e veneno.
Rumo insano ao desconhecido roteiro...
Doidas frases saem em gritos da sua voz insana,
E agora sem sentidos o pequeno ator esbraveja,
Sem sentido essa louca cena o engana.
         

terça-feira, 18 de outubro de 2011

ACABAMENTO

Eu quero entrar – porta fecha
Queres sair – porta bate
Cara na tapa, metáfora na mente
Ação estancada, o arremate

Eu quero entrar – chave quebra
Queres sair – chave ausente
Beijo na face, verso quebrado
Despedida crua, poesia insistente

Queres entrar, não há porta
Quero sair, tu arrematas
Queres entrar – cadê a chave?
Quero sair – tu me atas

Cílios, pálpebras – olhos
Falanges, dedos – mãos
Braços, membros – corpo
Sentimento, atos – coração.

sábado, 8 de outubro de 2011

"Tout est bien qui finit bien"

Tente! Lute! Exija! Avante!
Reanima-te e vais à procura
Infinitamente dessa tal felicidade.
Não te curves, não desistas! Força!
Tenha em mente a possível ventura.
Ainda mereces um bom êxito.

Assim desejo que sejas sempre,
Na mente: a razão, a avaliação,
O resultado. O estigma será passado.
Sorria! “Tudo o que termina bem está bem”.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O Dia do Poeta


O dia é da poesia
A noite é minha
Minha mente tua.
Bebo a vida, o dia e a noite
O poeta bebe suas angústias
Seus anseios...
Embriaga-se em suas lembranças,
Cambaleia em seus atos infantis...
Mas, ergue-se com seus traços
E grita em silêncio o que o corrói.
A voz externa fala
O que a minha interna
Pensa!
Como eu queria...
Alguém que só me amasse
Quem sabe esse alguém não és tu?
Sendo ou não sendo
Tarde ou cedo tu cedes
O que cedo não é ser
Ou o ser já era e foi-se e se foi.
Agora és, eu sou o que sempre fiz e fui.
fui...
         fui...
Quando cheguei
Você fui!

                            (Majal-San & Neilson)
                            Teotônio Vilela – em alguma praça regados à cerveja.
                            04 de Outubro de 2011


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Lembranças e Imagens


Vêm lembranças ao meu fechar de olhos
Como flashes fotográficos sufocantes
Impressos beijos em minh‘alma ficaram
Nas individuais madrugadas vozes ressonantes

Vêm imagens ao meu fechar de olhos
Como lindas pinturas em tardes entediantes
Telas marcadas e aquarelas borradas ficaram
Nas individuais madrugadas interrupções marcantes

A realidade atual vem como chumbo ao peito
Ao fechar meus olhos brocas perfuram irritantes
Lembranças e imagens me deixam sem jeito

Essa tal realidade vem como flecha à meta
Ao abrir meus olhos setas perfuram incessantes
Lembranças e imagens invadem a poesia irrequieta.