Majal-San (post.)

Visualização de número:

Encontre / Find

" Viva a Poesia! "

sábado, 22 de outubro de 2016

Cinquenta




Meio século
Meio incerto
Meio torto
Meio reto
Meio tonto
Meio esperto
Meio ausente

Meio tenso
Meio quieto
Meio penso
Meio ereto
Meio sonso
Meio feto
Meio ausente

Meio ido
Meio vindo
Meio solto
Meio falso
Meio réplica
Meio inédito
Todo ausente.






terça-feira, 14 de junho de 2016

Meu palco - tua mente



Não fora por isso que pulei fora

Não me conheces como pessoa
Posso ser o alvo para essa seta
Sabes que nem toda ave voa
Mas me conheces como poeta

Podem quebrar a minha asa
Porém infinito é o meu voo
Podem me jogar na árdua brasa
Mas a verdade em verso eu entoo

Não me conheces como humano
De um ponto a outro eu sou a reta
Não interessa a face atrás do pano
Pois a máscara cairá à hora certa

Podem tentar castrar os meus sonhos
Porém bom palhaço eu sempre serei
Farei outras vezes os meus risonhos
Pois nesse palco eu sempre estarei

Pulei fora não fora por isso.

                   

segunda-feira, 28 de março de 2016

Tudo é mutável


Tudo passa!
Virão novos instantes.
Passa o tempo;
Bons tempos;
Maravilhosos momentos.

Tudo passa!
O sol desaparecerá;
Virá a chuva
Arrastando o bom, o ruim;
Outro tempo nascerá.

Tudo passa!
Cai no esquecimento.
Amnésia total.
Tenebrosos tempos;
Momentos de angústias.

Tudo passa!
A poesia, o poeta;
Bons momentos;
As dificuldades;
Tudo mutável.

Tudo passa!
Mas o amor que sinto por ti
Permanecerá.

                   

domingo, 27 de março de 2016

Impressões


Quero a tua presença em meu sonho
Quero as tuas digitais em minha pele
Ao teu dispor eu me ponho
Antes que a loucura se revele

Eu quero o teu grito tão oculto
Que aos meus ouvidos permaneça
E que esse louco seja o vulto
Que habitará a tua cabeça

Sei que estarei em teu sonho
Mesmo antes que o ato se rebele
Minhas digitais eu te proponho
Na suavidade de tua pele.


domingo, 20 de março de 2016

Quando Conta Minas



Olhas o todo em tudo
Não vês nada
O enigma explicita-se
nos teus olhos inertes

Ouves quase tudo
Não escutas nada
O silêncio aborrece
no teu pensamento barulhento

Tocas quase tudo
Não sentes nada
Degustas quase tudo
Não sentes nada
Cheiras quase tudo
Não sentes nada

Quando perto de ti
Sinto quase nada
Quando te vejo
Sinto quase nada
Quando te ouço
Sinto quase nada

Quando tento te esquecer
Trago tudo à memória.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Quando me ouvias


Caminhos longos,
maluquice instável.
Ventos constantes,
paixões efêmeras.
Sol ardente,
noites frias.
Verbos moderados,
ações extremas.
Tudo fazia sentido
quando me ouvias.

    Olhares perdidos
    em ações inúteis.
    Toques imperfeitos
    em retoques – refeitos.
    Beijos ausentes
    em poesias frias.
    Versos improvisados
    para grandes cenas.
    Tudo fazia sentido

    quando me ouvias.



sábado, 13 de fevereiro de 2016

Despedida


Teus braços quentes
Quando me abraçam,
Teus braços gelados
Quando me recusam,
Teus lábios molhados
Quando me beijam,
Teus lábios ressecados
Quando me cospem,
Teus olhos brilhosos
Quando me olham,
Teus olhos paralisados
Quando não me veem,
Teu corpo quente
Quando está junto ao meu,
Teu corpo frio
Quando se despede do meu.