Olhos enfadados despencam do meu rosto
Ao abismo do meu sombrio âmago
Glóbulos encarnados passeiam insistentes
Nas minhas vermelhas esferas teimosas
Estrelas são jogadas de um céu áspero
Ao nosso colossal mundo em meu sonho
Para tímidas contornarem o teu corpo
O qual tristonho apenas de longe observo
Ventos tão distantes já não acalmam
O calor contínuo dos nossos separados corpos
Águas turvas e violentas não aniquilam
O fogo intenso dos nossos loucos desejos
Todas as flores dos mais próximos jardins
Não superam o bom perfume da tua pele distante
Tu guardas a minha pequena flor predileta
Essa flor resgatará do abismo os meus enfadados olhos.
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