A madrugada é espiã dos nossos poéticos atos,
Observa os versos que repentinamente surgem;
Quebram-se rimas em estilhaços cortantes
Rasgando vagarosamente vulneráveis corações.
A madrugada filtra versos molhados e tontos,
Purifica pecaminosamente poesias futuras.
Explodem-se vocábulos tão livres e surdos
Edificando majestosamente sonhos em estrofes.
A manhã aproxima-se, – chega o amanhã
Que em nossas mentes sempre fora previsto,
O sol aquecerá intensamente nossos escritos.
A manhã espera-nos, – já esperávamos
Esse amanhã que depois será o ontem,
De lembranças, saudades estilhaçando nosso peito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário