Hoje,
à distância, observei minha fonte;
Não
mergulhei como antes – contemplei.
Hoje,
à distância, analisei aquela ponte;
Não
atravessei, não pisei – sequer tentei.
Hoje,
remotamente, visitaste meu pensamento;
Nesse
instante bagunçaste todo meu conceito.
Hoje,
cruel foi minha memória – um tormento;
Nesse
instante perfuraste esse velho peito.
Se
amanhã apareceres os meus olhos não fecharei,
Serei
forte suficiente para me cegar,
Se
amanhã a ponte surgir atravessarei.
Se
amanhã a Poesia me penetrar,
Serei
forte suficiente para não escrever,
Amanhã
serei louco suficiente – vou gritar.
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