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" Viva a Poesia! "

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Lapidando cristais


Em mim o toque invisível
 na mente rastreadora do oculto.

Em mim a veia pulsante,
 com o sangue morno, ainda rubro.

Em mim o pensamento pertinente
com divergências - ainda inaceitável.

Em mim a facilidade da lágrima
 em silêncio e ainda salgada.

Em mim a ausência do fôlego,
 súbita, torturante e ainda incômoda.

Em mim a bolha irritante
 em longa caminhada - ainda por estourar.

Em mim a insistente loucura
 da tua-mente-minha, ainda longe das pedras.

Em mim a poesia persistente,
 inútil, estacionada ainda em mente.

Em
mim cacos e cacos colados,
 não tão bem colados - ainda por ruir.

Em ti o toque insensível
 na mente compulsiva - o susto.

Em ti a veia vazia de sangue,
 mas com o ar quente, ainda pulsante.

Em ti o pensamento insistente
 sem convergências - ainda maleável.

Em ti a facilidade em massacrar,
 em gritos, em gestos - distante.

Em ti a ausência da compreensão,
 teimosa, enfática, ainda só tua.

Em ti a pedra no calcanhar
 em calçado apertado, calçada, topada.

Em ti a irritante sanidade
 da minha-mente-tua tão perto das pedras.

Em ti a poesia persistente,
 inútil, solta ao vento.

 Em ti o inquebrável cristal pálido,
 não tão bem lapidado - ainda intocável.

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