Em mim o toque invisível
na mente rastreadora do oculto.
Em mim a veia pulsante,
com o sangue morno, ainda rubro.
Em mim o pensamento pertinente
com divergências - ainda inaceitável.
Em mim a facilidade da lágrima
em silêncio e ainda salgada.
Em mim a ausência do fôlego,
súbita, torturante e ainda incômoda.
Em mim a bolha irritante
em longa caminhada - ainda por estourar.
Em mim a insistente loucura
da tua-mente-minha, ainda longe das pedras.
Em mim a poesia persistente,
inútil, estacionada ainda
Em
não tão bem colados - ainda por ruir.
Em ti o toque insensível
na mente compulsiva - o susto.
Em ti a veia vazia de sangue,
mas com o ar quente, ainda pulsante.
Em ti o pensamento insistente
sem convergências - ainda maleável.
Em ti a facilidade em massacrar,
em gritos, em gestos - distante.
Em ti a ausência da compreensão,
teimosa, enfática, ainda só tua.
Em ti a pedra no calcanhar
em calçado apertado, calçada, topada.
Em ti a irritante sanidade
da minha-mente-tua tão perto das pedras.
Em ti a poesia persistente,
inútil, solta ao vento.
Em ti o inquebrável cristal pálido,
não tão bem lapidado - ainda intocável.
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