Majal-San (post.)

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" Viva a Poesia! "

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Inquietude




Meus joelhos são arrastados no asfalto,
A minha pele impregnada de espinhos;
Do conflito sou apenas o arauto,
Chuva de pedras destruindo os seus ninhos.

Essas ações e o meu ser em sobressalto,
Viagem poética e minhas vestes em desalinho;
Nesse conflito sou apenas um incauto
Alucinado que não encontra o seu caminho.

Minhas marcas vão manchando esse chão,
Suor e sangue tatuando a triste via,
Um sentimento que entrou na contramão.

Os meus traços, o meu grito – tudo em vão.
Minhas palavras, os meus versos (desarmonia),
Argumentos dissonantes – sem noção.

                                     
                                      

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Nódoa cruel


Nódoa cruel



Óleo preto
Petróleo
Preto óleo
Poluição

Surge a sujeira sujeitando
indivíduos limpos ou sujos
a reféns do tal descaso

         Preto óleo
         Poluição
         Óleo preto
         Petróleo

Agoniza a Natureza indefesa
nesse golpe irresponsável tão fatal
aos reféns da impureza

         Petróleo
         Óleo preto
         Poluição
         Preto óleo.

                         

domingo, 6 de outubro de 2019

Solitário


Natural (é de ninguém)

Minha Poesia não veste
Chanel, Dior nem Armani...
Embrulha-se em molambos,
trapos e farrapos quando
eu falo o que sinto.

Minha Poesia não usa
Louis Vuitton, Gucci nem Prada...
Explicita-se em berros,
gritos e silêncio quando
mostra o sucinto.

Minha Poesia não é camuflada
em rebuscamento, em requinte...
Minha Poesia é tua, é nossa,
não é de ninguém.
Ela é espontânea, é momento, é real.

(Majal-San)
02  10  2019

Meu palco – tua mente



Não fora por isso que pulei fora

Não me conheces como pessoa
Posso ser o alvo para essa seta
Sabes que nem toda ave voa
Mas me conheces como poeta

Podem quebrar a minha asa
Porém infinito é o meu voo
Podem me jogar na árdua brasa
Mas a verdade em verso eu entoo

Não me conheces como humano
De um ponto a outro eu sou a reta
Não interessa a face atrás do pano
Pois a máscara cairá à hora certa

Podem tentar castrar os meus sonhos
Porém bom palhaço eu sempre serei
Farei outras vezes os meus risonhos
Pois nesse palco eu sempre estarei

Pulei fora não fora por isso.

(Majal-San)
01  06  2016



segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Quando me ouvias




Caminhos longos,
maluquice instável.
Ventos constantes,
paixões efêmeras.
Sol ardente,
noites frias.
Verbos moderados,
ações extremas.
Tudo fazia sentido
quando me ouvias.

    Olhares perdidos
    em ações inúteis.
    Toques imperfeitos
    em retoques – refeitos.
    Beijos ausentes
    em poesias frias.
    Versos improvisados
    para grandes cenas.
    Tudo fazia sentido
    quando me ouvias.

(Majal-San)

terça-feira, 9 de julho de 2019

Resultante


Palavras:
  -indagações
  -acusações

  Audição
Surdez
gritos
ecos – eco

  Dor:
“opressões”
“sufocações”
“frustrações”.

(Majal-San)
01.07.2004

terça-feira, 21 de maio de 2019

Noite Insana


        

Já passa da meia o pé
Uma púmblea tempestade aponta
Gaivotas transportam neurônios
O coma na cama é puro deleite
Da meia noite em diante
O pé já é chumbo de água
A gaivota saiu do coma lavada
Neurônios aos berros gritam!
Acorda, poeta aloucado!

                   Pedro Costa Pereira (Pedro Poeta)

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Emparelhadas









       

Já cruzei tanto sem resultado,
Agora emparelho todo interpolado.

Meus pouquíssimos neurônios misturei,
Agora todo enrolado os versos terminei.

                                    

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Candura




De olhos vivos
Observando o tempo,
Inocente ao mundo,
Sem saber quais são
Os certos ou os errados.
Pequenina e indefesa,
Boceja sem ter sono
E não poderá dormir.
Distinguirá o certo do errado,
Não poderá fazer nada.
Hoje há um sorriso ingênuo,
Amanhã será que esse sorriso existirá?
És criança com babás malucas
Que influenciam a ti loucuras futuras.

terça-feira, 9 de abril de 2019

sábado, 6 de abril de 2019

Poetas (Asas da Imaginação)




Atam
vossas
mãos
mas
possuís
asas.

Vetam
vossos
passos
mas
possuís
asas.

Obstam
vossos
atos
mas
tendes
imaginação.